5. Único clube brasileiro com Tríplice Coroa

Luciano Silva – 2003 ficará na memória do torcedor cruzeirense como um ano inesquecível. Foi um ano de grandes conquistas. Com um time contando com bons jogadores como Gomes, Maurinho, Leandro, Maldonado, Wendell, Zinho, Aristizábal e Mota, e um grande craque como Alex, o Cruzeiro conquistou os títulos do Campeonato Mineiro, da Copa do Brasil e o tão sonhado título inédito do Campeonato Brasileiro.

2003: um ano inesquecível para o Cruzeiro

triplice-coroa-cruzeiro

Luciano Silva – 2003 ficará na memória do torcedor cruzeirense como um ano inesquecível. Foi um ano de grandes conquistas. Com um time contando com bons jogadores como Gomes, Maurinho, Leandro, Maldonado, Wendell, Zinho, Aristizábal e Mota, e um grande craque como Alex, o Cruzeiro conquistou os títulos do Campeonato Mineiro, da Copa do Brasil e o tão sonhado título inédito do Campeonato Brasileiro.

O ano dá Tríplice Coroa começou com as contratações de Maurinho (ex-lateral-direito campeão brasileiro pelo Santos em 2002), o meia Martinez (ex-Guarani), o atacante colombiano Aristizábal (ex-Vitória) o desconhecido atacante Mota (ex-Ceará), o atacante Deivid (ex-Corinthians), o zagueiro Edu Dracena (ex-Olympiakos, da Grécia) e outros.

Com essas contratações, o Cruzeiro levou o Campeonato Mineiro de forma invicta, com uma rodada de antecipação, vencendo a URT em Patos de Minas por 4 a 0, com gols de Deivid, Aristizábal, Alex e Maurinho. Alex foi o artilheiro do time no estadual com 9 gols. Logo depois, no começo da disputa do Campeonato Brasileiro, vários jogadores foram dispensados: Marcelo Ramos foi para o Sanfreece Hiroshima, do Japão, Jorge Wagner, que estava emprestado ao Corinthians, foi vendido ao Lokomotiv Moscow, da Rússia, o atacante Jussiê foi emprestado ao Kashiwa Reysol, do Japão e o zagueiro Cris, que foi emprestado para o Bayer Leverkusen, da Alemanha, mas retornou ao time em julho durante o Campeonato Brasileiro.

triplice-coroa-cruzeiro

Foram contratados o meia Felipe Mello (ex-Flamengo) e o veterano meia Zinho (ex-Palmeiras). Foram também promovidos dos juniores os jovens zagueiros Irineu e Gladstone.

Foi também contratado para disputa do Campeonato Brasileiro o volante chileno Maldonado (ex-São Paulo). Maldonado foi um dos grandes destaques do meio-campo cruzeirense.

Em junho, o Cruzeiro se sagrou tetracampeão da Copa do Brasil vencendo o Flamengo no Mineirão por 3 a 1, com gols de Deivid, Aristizábal e Luisão. O jovem zagueiro Gladstone entrou nesse jogo decisivo e teve boa atuação.

No mês seguinte, o Cruzeiro perde dois principais jogadores do time: o atacante Deivid, que foi para o Bordeaux, da França e o zagueiro Luisão, que foi para o Benfica, de Portugal. Para suprir a venda de Deivid, de uma vez só o Cruzeiro contratou Márcio Nobre (ex-Paraná, mas estava no Kashiwa Reysol, do Japão) e outros.

Até alguns problemas foram capazes de impedir o triunfo do Cruzeiro no Campeonato Brasileiro que culminou com o título com duas rodadas de antecipação após a vitória de 2 a 1 para o Paysandu e no jogo final, uma goleada de 7 a 0 diante do Bahia.

Houve também a rápida e discreta participação na Copa Sulamericana, onde o Cruzeiro, onde,  mesmo invicto, com uma vitória sobre o Palmeiras e um empate com o São Caetano, acabou sendo eliminado na primeira fase por ter tido um saldo de gols menor que o Azulão.

2003 também foi um ano de recordes para o Cruzeiro no Campeonato Brasileiro. Com 102 gols marcados, o Cruzeiro de 2003 teve o melhor ataque da história do Campeonato Brasileiro. Com 23 gols, Alex se tornou o maior artilheiro do Cruzeiro em uma única edição do Brasileirão, superando Alex Alves, que havia marcado 22 gols no Brasileiro de 1999.

O colombiano Aristizábal também bateu vários recordes no time do Cruzeiro:

  • Estrangeiro com maior número de gols na história do Brasileiro com 41, superando o argentino Fischer, que jogou no Botafogo na década de 70.
  • Estrangeiro com maior número de gols na história do Cruzeiro com 27 gols, superando o uruguaio Revetria, que jogou no clube nos anos 70.

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TRÍPLICE COROA – TABU HISTÓRICO

Bruno Furtado (Redação Uai) – Além de ter conquistado o inédito título do Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro quebrou um tabu histórico em 2003. Pela primeira vez, um mesmo clube foi campeão estadual, da Copa do Brasil e do Brasileirão. A marca azul ganha mais brilho pelo fato de as duas primeiras taças terem sido levantadas de forma invicta. O Cruzeiro por pouco não atingiu este feito em 98, quando foi campeão mineiro e vice das duas competições nacionais. Na Copa do Brasil, perdeu para o Palmeiras. No Brasileiro, para o Corinthians.

A caminhada em 2003 começou com o título mineiro. O Cruzeiro terminou a disputa com 32 pontos após vencer dez jogos e empatar dois. Alex, com nove gols, foi o artilheiro do time na competição. Mota fez oito. O ataque azul fez 35 gols e a defesa sofreu sete. Ambos os desempenhos foram os melhores do Estadual, que teve o rival Atlético como vice. O título foi fechado com uma goleada por 4 a 0 sobre o Tupi no Mineirão. Alex foi autor de três gols cruzeirenses, sendo um de calcanhar e outro de cobertura.

Na Copa do Brasil, o Cruzeiro também não decepcionou. Em 11 jogos, a equipe obteve oito vitórias e três empates. Com esta conquista, o clube mineiro chegou ao tetra do torneio nacional (1993, 96, 2000 e 2003).

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R$ 32 milhões pela tríplice coroa (07/12)

7/12 (Antônio Melane) – Campeões gastaram, cada vez que o time entrou em campo, R$ 438 mil, valor inviável para a maioria dos clubes brasileiros.

O Cruzeiro vai completar 73 jogos na temporada, domingo que vem, quando enfrentará o Bahia, em Salvador, com um saldo jamais alcançado: três títulos conquistados, sendo dois nacionais, e todos os recordes superados: de vitórias (29 no Campeonato Brasileiro), gols marcados (167 na temporada) e maior período de invencibilidade (36 jogos). A torcida também fez a sua parte, com a melhor média de público da sua história e a melhor bilheteria nos jogos do Campeonato Mineiro, Copa do Brasil e Brasileiro. O custo anual para a tríplice coroa foi de R$ 32 milhões.

“Os torcedores foram fantásticos. Eles nos ajudaram a concretizar nossos sonhos, tornando possível o que mais queríamos nos últimos tempos, que era ser campeão brasileiro. Quem sabe, poderemos terminar 2004 com muito mais” Alvimar de Oliveira Costa

O presidente Alvimar Oliveira Costa não tem dúvida de que valeu a pena todo o investimento e trabalho, culminando com o feito alcançado no Brasileiro.

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CAMPEONATO MINEIRO 2003

O Cruzeiro foi campeão mineiro de forma invicta, com uma rodada de antecedência. Em 12 jogos, venceu 10 e empatou apenas 2. Marcou 35 gols e sofreu 7.

  • 26/01/2003 – Nacional de Uberaba 1 x 2 Cruzeiro
  • 30/01/2003 – Cruzeiro 3 x 1 Caldense
  • 02/02/2003 – Ipatinga 1 x 2 Cruzeiro
  • 05/02/2003 – Cruzeiro 3 x 0 Social
  • 08/02/2003 – Vila Nova 0 x 3 Cruzeiro
  • 15/02/2003 – Cruzeiro 4 x 2 Atlético
  • 23/02/2003 – Rio Branco1 x 1 Cruzeiro
  • 26/02/2003 – Cruzeiro 6 x 0 Mamoré
  • 01/03/2003 – Cruzeiro 2 x 0 Guarani-DV
  • 08/03/2003 – Cruzeiro 1 x 1 América
  • 23/03/2003 – Cruzeiro 4 x 0 Tupi
  • 16/03/2003 – URT 0 x 4 Cruzeiro (jogo do título) . Público (6021). Gols (Deivid, Aristizábal, Alex e Maurinho). Escalação (Gomes, Luisão (Jussiê), Thiago e Edu Dracena; Maurinho, Paulo Miranda (Augusto Recife), Martinez, Alex e Wendell; Aristizábal (Mota) e Deivid – Vanderlei Luxemburgo).
  • 23/03/2003 – Cruzeiro 4 x 0 Tupi

Alex foi eleito o melhor do campeonato.

  • Time base: Gomes II, Maurinho (Maicon), Luisão, Marcelo Batatais (Thiago), Edu Dracena, Sandro (Wendell); Augusto Recife (Claudinei, Ruy), Martinez (Paulo Miranda), Alex (Jussiê); Mota (Marcelo Ramos), Deivid (Aristizábal) – Vanderlei Luxemburgo.
  • Nossos maiores artilheiros: Alex (9); Mota (8); Deivid (6); Marcelo Ramos (3), Aristizábal e Maurinho (2); Luisão, Marcelo Batatais, Edu Dracena, Augusto Recife e Jussiê (1).
  • Quem mais jogou: 12 vezes (Gomes II, Maurinho, Martinez e Mota); 11 (Luisão e Alex); 10 (Augusto Recife, Marcelo Batatais e Marcelo Ramos).

Foi feita até uma paródia, com a música ‘A Festa’, de Ivete Sangalo: “Tem gente de toda cor. Vestido de cor azul. Com a bola de pé em pé e Tupi tomando olé, pois é! Avisou! Avisou! Que vai rolar a festa, vai rolar. O povo da Toca mandou avisar….”

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CLASSIFICAÇAO FINAL DO CAMPEONATO MINEIRO

Pos. Clubes PG J V E D GP GC SG
Cruzeiro 32 12 10 2 0 35 7 28
Atlético-MG 25 12 7 4 1 27 15 12
América-MG 23 12 7 2 3 23 13 10
Tupi 20 12 5 5 2 21 17 4
Villa Nova-MG 17 12 5 2 5 18 21 -3

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O melhor comemora

Daniel Gomes – O  Cruzeiro fez questão de não deixar para resolver à última hora e, ao golear a URT por 4 a 0, ontem à tarde, no Zama Maciel, em Patos de Minas, conquistou, com antecipação de uma rodada, o título mineiro de 2003.

O título ficou com quem o mereceu. Com uma rodada de  antecedência, o Cruzeiro comprovou a sua força e não encontrou muitas dificuldades para arrebatar mais uma taça. Foi o melhor time do campeonato, teve o craque   da  competição,  Alex,  e  sobrou  de  tal  forma  no  torneio que o definiu a seu favor, no clássico diante do Atlético-MG,  quando,  perdendo  por  2 a 1,  virou para  4  a  2  e,  com   o  resultado,  estabeleceu de vez seu  favoritismo.  O  Cruzeiro não teve, até agora, nenhum rival que  fosse  capaz  de  colocar  sua  conquista  em  xeque.  A  goleada  em  Patos de Minas foi   apenas  o  golpe  final.  No  conjunto  do  Estadual,  o Cruzeiro foi sempre superior aos demais concorrentes. É  um  troféu  a  mais  na  galeria,  e  o  êxito   alavanca   a  confiança  da  equipe  para  as  competições  futuras.  O  Campeonato  Brasileiro,  no  caso,   começa   em   duas  semanas.  E um  título,  mesmo  que   estadual,   não deixa de ser uma energia extra para a próxima aventura.

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CRÔNICA DE UM TÍTULO ANUNCIADO

Cruzeiro confirma o favoritismo mostrado nos jogos anteriores, e desfila pelas ruas de Patos de Minas, em caminhão do corpo de bombeiros, como o primeiro campeão estadual da temporada no futebol brasileiro.

A pequena torcida da URT acompanhou tudo em silêncio. Depois, pela cidade, houve desfile dos campeões, com o troféu, em caminhão do Corpo de Bombeiros, seguido por uma carreata e ao som de buzinas e do hino celeste.

O Domingo foi de festa e muitas emoções em Patos de Minas. Antes mesmo de a bola rolar, ontem à tarde, só se ouvia um grito no Estádio Zama Maciel: ‘É campeão”. O time completou 29 pontos, está invicto, abrindo perspectivas para uma trajetória de sucesso, segundo o técnico Vanderlei Luxemburgo: ‘Meu compromisso é fazer aqui um grupo campeão. Dei o pontapé inicial’.

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Sonho de vôos mais altos na Toca II

EM (17 de março) – Cumprida a primeira meta para a temporada, o Cruzeiro parte agora para tentar a conquista da Copa do Brasil, pela quarta vez e a do Brasileiro. Segundo  Luxemburgo, título mineiro dará ao time a confiança para passos maiores.

O Campeonato Mineiro não foi lucrativo, mas dentro de campo, a diretoria entende que os resultados foram lucrativos, já que os objetivos foram alcançados. Primeiro, formando um grupo campeão e jovem, com média de 24 anos.

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COPA DO BRASIL 2003

Também conquistado de forma invicta, em 11 jogos, o Cruzeiro venceu 8 e empatou apenas 3. Marcou 29 gols e sofreu 12.

Os Jogos:

  • 19/02/2003 – Rio Branco (ES) 2×4 Cruzeiro
  • 26/03/2003 – Corinthians (RN) 2×2 Cruzeiro
  • 02/04/2003 – Cruzeiro 7×0 Corinthians (RN)
  • 23/04/2003 – Cruzeiro 2×0 Vila Nova (GO)
  • 30/04/2003 – Vila Nova (GO) 1×2 Cruzeiro
  • 07/05/2003 – Cruzeiro 2×1 Vasco
  • 14/05/2003 – Vasco 1×1 Cruzeiro
  • 21/05/2003 – Goiás 2×3 Cruzeiro
  • 28/05/2003 – Cruzeiro 2×1 Goiás
  • 08/06/2003 – Flamengo 1×1 Cruzeiro

O Jogo do Título: Cruzeiro 3×1 Flamengo (11/06) – Estádio: Mineirão (Belo Horizonte) — Público: 79614
– Juiz: Paulo César de Oliveira (SP)
– Gols: Deivid, Aristizábal, Luisão e Fernando Baiano
– Cartões Amarelos: Fabinho, Luisão, Athirson, Fernando Baiano, Fernando, Aristizábal e Mota

– Cruzeiro: Gomes, Maurinho, Gladstone, Luisão e Leandro; Augusto Recife, Jardel, Wendell (Márcio) e Alex (Sandro); Deivid e Aristizábal (Mota) – Vanderlei Luxemburgo

– Flamengo: Júlio César, Luciano Baiano, Fernando, André Bahia e Athirson; Fabinho, André Gomes (Igor), Fábio Baiano (Jean) e Felipe; Fernando Baiano e Edílson – Nelsinho Baptista

– Artilheiro do Cruzeiro na Copa do Brasil: Deivid, com 7 gols

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CAMPEONATO BRASILEIRO 2003

Com reforços de peso como Maurinho, Maldonado e Aristizábal, e com Wanderley Luxemburgo no banco de reservas, o Cruzeiro desponta como um dos favoritos ao título. Para alcançar essa primeira conquista em Brasileiro, o time conta ainda com a boa fase de Alex e com a experiência de Zinho.

Elenco:

  • Goleiros: Gomes (15/02/1981), André (25/06/1972) e Artur (25/01/1981).
  • Laterais: Maurinho (11/10/1978), Maicon (26/07/1981) e Leandro (19/04/1979).
  • Zagueiros: Edu Dracena (18/05/1981), Cris (03/06/1977), Marcelo Batatais (09/09/1974), Gladstone (29/01/1985), Irineu (27/03/1983) e Thiago (25/04/1979).
  • Meias: Alex (14/09/1977), Zinho (17/06/1967), Jardel (27/01/1983), Augusto Recife (03/08/1983), Maldonado (03/01/1980), Felipe Melo (26/08/1983), Martinez (21/04/1980), Sandro (10/01/1981) e Wendell (08/04/1982).
  • Atacantes: Aristizábal (09/12/1971), Alex Alves (03/07/1975), Diego (18/03/1984), Alex Dias (26/05/1972), Kanu (08/02/1983), Márcio Nobre (06/11/1980) e Mota (21/11/1980).
  • Comissão técnica: Vanderlei Luxemburgo da Silva (10/05/1952). Auxiliar: Paulo César Gusmão

No primeiro Campeonato Brasileiro disputado por pontos corridos e também o mais longo da história, com oito meses de duração, o Cruzeiro foi campeão com competência, raça e seriedade. O Cruzeiro, em 46 jogos, venceu 31, empatou 7 e perdeu 8 vezes. Foi o time que mais ganhou, o que menos empatou e o que menos perdeu. Marcou 102 gols e sofreu 47. Foi o time com o melhor ataque do campeonato e também da história de todo o campeonato e foi a segunda melhor defesa do campeonato, perdendo apenas para a do São Caetano, que sofreu apenas 37 gols, 10 gols a menos que o Cruzeiro. Foi o time que menos cartões amarelos recebeu (91), o time com o melhor aproveitamento geral (72,5%), com o melhor aproveitamento jogando em casa (81,16%) e também fora (63,77%) e também terminou em primeiro lugar tanto no primeiro turno quanto no segundo.

Jogos do 1º Turno:

  • 30/03/2003 – Cruzeiro 2×2 São Caetano
  • 06/04/2003 – São Paulo 2×4 Cruzeiro
  • 13/04/2003 – Cruzeiro 3×0 Ponte Preta
  • 16/04/2003 – Coritiba 3×4 Cruzeiro
  • 20/04/2003 – Cruzeiro 4×1 Goiás
  • 26/04/2003 – Guarani 1×1 Cruzeiro
  • 03/05/2003 – Cruzeiro 5×2 Atlético-PR
  • 10/05/2003 – Santos 0x2 Cruzeiro
  • 18/05/2003 – Cruzeiro 1×1 Corinthians
  • 25/05/2003 – Vitória 2×1 Cruzeiro
  • 31/05/2003 – Cruzeiro 2×0 Criciúma
  • 15/06/2003 – Cruzeiro 0x0 Atlético-MG
  • 18/06/2003 – Flamengo 3×0 Cruzeiro
  • 22/06/2003 – Juventude 0x1 Cruzeiro
  • 29/06/2003 – Cruzeiro 3×2 Internacional
  • 05/07/2003 – Figueirense 1×0 Cruzeiro
  • 09/07/2003 – Cruzeiro 2×0 Fortaleza
  • 13/07/2003 – Grêmio 0x1 Cruzeiro
  • 16/07/2003 – Cruzeiro 4×1 Vasco
  • 20/07/2003 – Cruzeiro 5×1 Paraná
  • 23/07/2003 – Paysandu 3×0 Cruzeiro
  • 02/08/2003 – Fluminense 2×2 Cruzeiro
  • 27/07/2003 – Cruzeiro 5×2 Bahia

Artilheiros do Cruzeiro no primeiro turno do Campeonato Brasileiro: Deivid e Aristizábal, com 15 gols cada.

Jogos do 2º Turno:

  • 09/08/2003 – São Caetano 2×0 Cruzeiro
  • 06/08/2003 – Cruzeiro 1×1 São Paulo
  • 17/08/2003 – Ponte Preta 1×3 Cruzeiro
  • 20/08/2003 – Cruzeiro 2×2 Coritiba
  • 23/08/2003 – Goiás 1×0 Cruzeiro
  • 30/08/2003 – Cruzeiro 4×1 Guarani
  • 13/09/2003 – Atlético-PR 1×4 Cruzeiro
  • 20/09/2003 – Cruzeiro 3×0 Santos
  • 24/09/2003 – Corinthians 0x1 Cruzeiro
  • 28/09/2003 – Cruzeiro 1×0 Vitória
  • 05/10/2003 – Criciúma 1×3 Cruzeiro
  • 12/10/2003 – Atlético-MG 0x1 Cruzeiro
  • 08/10/2003 – Cruzeiro 2×0 Flamengo
  • 19/10/2003 – Cruzeiro 1×2 Juventude
  • 22/10/2003 – Internacional 1×0 Cruzeiro
  • 25/10/2003 – Cruzeiro 1×0 Figueirense
  • 02/11/2003 – Fortaleza 1×2 Cruzeiro
  • 05/11/2003 – Cruzeiro 3×0 Grêmio
  • 09/11/2003 – Vasco 0x1 Cruzeiro
  • 23/11/2003 – Paraná 1×3 Cruzeiro
  • 07/12/2003 – Cruzeiro 5×2 Fluminense
  • 14/12/2003 – Bahia 0x7 Cruzeiro

O Jogo do Título (30/11): Cruzeiro 2×1 Paysandu – Estádio: Mineirão (Belo Horizonte) – Público: 73141
Juiz: Héber Roberto Lopes (PR)
Gols: Zinho, Mota e Aldrovani
Cartão Amarelo: Sandro (Paysandu)

Cruzeiro: Gomes, Maurinho, Cris, Edu Dracena e Leandro; Augusto Recife (Felipe Mello), Maldonado, Wendell (Sandro) e Zinho; Márcio Nobre e Aristizábal (Mota) – Vanderlei Luxemburgo

  • Artilheiro do Cruzeiro no segundo turno do Campeonato Brasileiro: Alex, com 14 gols
  • Artilheiro do Cruzeiro em todo o Campeonato Brasileiro: Alex, com 23 gols

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CLASSIFICAÇÃO FINAL CAMPEONATO BRASILEIRO

TIME PG JG V E D GF GC SG A%

1. Cruzeiro

100

46

31

7

8

102

47

55

72

2. Santos

87

46

25

12

9

93

60

33

63

3. São Paulo

78

46

22

12

12

81

67

14

57

4. São Caetano

74

46

19

14

13

53

37

16

54

5. Coritiba

73

46

21

10

15

67

58

9

53

6. Inter-RS

72

46

20

10

16

59

57

2

52

7. Atlético-MG

72

46

19

15

12

76

62

14

52

8. Flamengo

66

46

18

12

16

66

73

-7

48

9. Goiás

65

46

18

11

17

78

63

15

47

10. Paraná

65

46

18

11

17

85

75

10

47

11. Figueirense

65

46

17

14

15

62

54

8

47

12. Atlético-PR

61

46

17

10

19

67

72

-5

44

13. Guarani

61

46

17

10

19

64

72

-8

44

14. Criciúma

60

46

17

9

20

57

69

-12

43

15. Corinthians

59

46

15

12

19

61

63

-2

43

16. Vitória

56

46

15

11

20

50

64

-14

41

17. Vasco

54

46

13

15

18

57

69

-12

39

18. Juventude

53

46

12

14

20

55

70

-15

38

19. Fluminense

52

46

13

11

22

52

77

-25

38

20. Grêmio

50

46

13

11

22

54

68

-14

36

21. Ponte Preta

50

46

11

18

17

63

73

-10

36

22. Paysandu

49

46

15

12

19

74

77

-3

36

23. Fortaleza

49

46

12

13

21

58

74

-16

36

24. Bahia

46

46

12

10

24

59

92

-33

33

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Alex, o melhor jogador da equipe NO CAMPEONATO

Cândido Henrique Silva – Articulador dos dois primeiros gols do Cruzeiro na partida desta quarta-feira contra o Grêmio, Alex não aceita o título de melhor jogador da equipe. “Eu sou mais um. E quanto mais atletas jogarem melhor as coisas ficam mais fáceis”, comentou o capitão da equipe.

O zagueiro Cris não concorda com Alex e disse que o armador desequilibra os jogos para o Cruzeiro. “O Alex é uma peça muito importante para equipe. E quando ele não está bem, a gente faz ele jogar bem, porque o grupo todo se une em torno dele”, afirmou o zagueiro.

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FASES ESPETACULARES DO CRUZEIRO NO CAMPEONATO

A campanha do Cruzeiro no Brasileiro, deixa os críticos da fórmula de pontos corridos em alvoroço. ‘Os mineiros estão disparando na tabela, o campeonato pode perder a graça’. (EM, 13 de maio de 2003)

Já na oitava rodada, o Cruzeiro, com um time muito certinho, com bons jogadores em todas as posições, com substitutos a altura e com uma mão santa de Vanderlei Luxemburgo, deita e rola na competição.

  • 8.ª rodada: éramos os melhores, mas desde o início da competição, estávamos entre os primeiros na classificação. O Cruzeiro alterna, em uma mesma partida, a marcação mais na frente com o recuo e o contra-ataque. Faz gol, recua e atrai o rival para o contragolpe, daí o Cruzeiro contra-ataca, com sucesso. Quando uma equipe está muito bem, como a do Cruzeiro, todos os jogadores brilham. O futuro dirá se esses jogadores são tão bons assim. (Tostão – EM, 14 de maio). O presidente Alvimar deu carta branca a Luxemburgo: precisando contratar mais jogadores é só falar, que nós trazemos. Isso prova a boa fase financeira do clube também. Arriba, Cruzeiro. Nunca vi o meu time tão bem assim, é um recorde pra mim.
  • 9.ª rodada: Cruzeiro 1 x 1 Corinthians: um ótimo jogo de ambas as partes, iguais em quase tudo. Equipe entrosada, com bom padrão tático, dominava o jogo. Alternava, em uma mesma partida, a marcação mais na frente com o recuo e o contra-ataque. Fazia gols, recuava e atraia o rival para o contragolpe. Tostão salientou: – Quando uma equipe está bem, como a do Cruzeiro, todos os jogadores brilham.
  • 10.ª rodada. 24\5. Após 36 jogos sem derrotas, o Cruzeiro perde  invencibilidade (Vitória 2 x 1 Cruzeiro – Márcio). Essa invencibilidade de 36 jogos é a segundo melhor de nossa história). Foi nossa primeira derrota em 30 jogos no ano. Alex não jogou.
  • 11.ª rodada. 31\5. Cruzeiro 2 x 0 Criciúma (Mota e Márcio). Alex, Aristizábal e Maurinho foram poupados no primeiro tempo, no decorrer do segundo tempo, quando entraram, o time pegou fogo, principalmente devido a Alex. Márcio, que atuou o jogo inteiro, foi o melhor em campo (inclusive fazendo um belo gol). 49 jogos em que fazemos gols em todas as partidas.
  • 12.ª rodada. Ficamos sem jogar, pois disputamos partida da Copa do Brasil. O jogo válido foi dia 18 de junho, quando perdemos para o Flamengo, no Maracanã, por 3 a 0.
  • 13.ª rodada. 15\6. Empatamos com o Atlético-MG (0 a 0). Encerrou-se nossa façanha de fazer gols em grande número de partidas disputadas: encerramos em 52 partidas.
  • 14.ª rodada. 22\6. Juventude 0 x 1 Cruzeiro (Mota). Nossa primeira vitória em jogos oficiais no sul. Gomes II, Maicon, Cris, Luisão, Thiago (Gladstone), Leandro; Augusto Recife, Wendell (Jardel), Felipe Melo; Deivid, Mota (Kanu). Maurinho, Edu Dracena e Alex estavam na Seleção Brasileira. Aristizábal estava na Seleção Colombiana. Melhores: Gomes II, Felipe Melo e Mota. Cris volta a jogar depois de ter sido emprestado.
  • 15.ª rodada. 29\6. Cruzeiro 3 x 2 Internacional (Deivid, Deivid e Alex). Melhores: Gomes II, Augusto Recife, Alex (belo gol de falta e ótimas assistências) e Deivid (seu primeiro gol foi muito bonito). 59 partidas invicto no Mineirão. Manchete: Cruzeiro é o líder isolado -> O Cruzeiro manteve a liderança isolada do Campeonato Brasileiro ao vencer o Internacional, por 3 a 2, no Mineirão. Alex voltou à equipe, depois de defender a Seleção Brasileira na Copa.
  • 16ª rodada. \7. Figueirense 1 x 0 Cruzeiro.
  • 17.ª rodada. 9\7. Cruzeiro 2 x 0 Fortaleza (Cris, Cris). Estréia de Artur.
  • 18.ª rodada. 13\7. Grêmio 0 x 1 Cruzeiro (Aristizábal). Artur, Maurinho, Edu Dracena, Cris, Leandro; Augusto Recife, Maldonado, Zinho (Wendell), Alex; Deivid, Aristizábal. Melhores: Artur, Alex, Maurinho, Aristizábal e Cris. O Cruzeiro jogou muito bem, e teve um gol legítimo anulado. Fizemos nosso 100° gol em jogos oficiais, em 2003. Gomes II, Maicon e Luisão na Seleção Sub-23 (Copa Ouro). Luisão avaliado em US$ 4 milhões e Sorín em US$ 7,8 milhões.
  • 19.ª rodada. 16\7. Cruzeiro 4 x 1 Vasco (Deivid, Edu Dracena, Deivid, Deivid). Melhores: Artur, Maurinho, Edu Dracena, Maldonado, Alex, Deivid. Técnico interino: Paulo César Gusmão, pois Luxemburgo estava suspenso. Último jogo de Deivid, que foi embora. 21 jogos invicto em Minas Gerais.
  • 20.ª rodada. 20\7. Cruzeiro 5 z 1 Paraná (Cris, Aristizábal, Aristizábal, Alex, Leandro). O primeiro gol de Aristizábal foi um golaço (bicicleta), o segundo gol de Aristizábal foi de muita categoria, o gol de Alex foi um golaço de falta. Artur, Maurinho, Edu Dracena (Thiago), Cris, Leandro; Augusto Recife, Maldonado (Jardel), Zinho (Felipe Melo), Alex; Mota, Aristizábal – Paulo César Gusmão. Melhores: Cris, Leandro, Augusto Recife, Zinho, Alex, Aristizábal e Deivid. Deivid terminou com 15 gols (artilheiro da competição). Luisão, Gomes II e Maicon continuavam na Seleção Sub-23. Jardel e Irineu se apresentam amanhã para a Seleção Sub-20 (Pan).
  • 21.ª rodada. 23\7. Paysandu 3 x 0 Cruzeiro. Alex, suspenso, não jogou. Deivid continuava sendo o artilheiro (15 gols).
  • 22.ª rodada. 27\7. Cruzeiro 5 x 2 Bahia (Edu Dracena, Aristizábal, Aristizábal, Aristizábal, Zinho). Artur, Maurinho, Cris, Edu Dracena, Leandro Silva; Augusto Recife, Felipe Melo, Zinho (Márcio), Alex (Gladstone); Aristizábal, Mota – Luxemburgo. Melhores: Zinho, Mota, Alex e Aristizábal. O primeiro gol de Aristizábal foi uma tintura de gol, por cobertura. Alex Silva (futebol francês) e Alex Alves (Portuguesa) foram contratados para o lugar de Deivid. Márcio (atacante), que jogou no Paraná em 2002, também foi contratado. Luisão, Gomes II e Maicon continuavam na Seleção Sub-23. Jardel e Irineu estavam com a Seleção Sub-20 (Pan).
  • 23.ª rodada. 2\8. Fluminense 2 x 2 Cruzeiro (Aristizábal e Mota). Gomes II, Maicon, Cris, Edu Dracena, Luisão, Leandro Silva (Thiago); Augusto Recife, Maurinho, Zinho (Márcio); Aristizábal, Mota (Alex Alves II) – Luxemburgo. Melhores: Edu Dracena, Augusto Recife, Aristizábal. Estréia de Alex Alves II (jogou bem). Alex Dias ficou no banco. Cris já está com mais de 200 atuações pelo Cruzeiro. Luxemburgo já está com 71.
  • 24.ª rodada. Início Segundo Turno. 6\8. Cruzeiro 1 x 1 São Paulo (Mota). Gomes II, Maurinho, Edu Dracena, Luisão, Leandro Silva; Augusto Recife, Sandro (Mota), Felipe Melo, Alex; Aristizábal (Cris), Alex Alves II (Alex Dias) – Luxemburgo. Melhores: Edu Dracena, Maurinho, Felipe Melo, Mota. Estréia de Alex Dias.
  • 25.ª rodada. 9\8. São Caetano 2 x 0 Cruzeiro
  • 26.ª rodada. 17\8: Ponte Preta 1 x 3 Cruzeiro (Aristizábal, Alex, Márcio Nobre).. Melhores: Alex, Edu Dracena e Márcio Nobre. Quebra de tabu de 25 anos sem vitórias de equipes mineiras sobre a Macaca em Campinas. EM (18 de agosto): Alex desequilibra. Com um show de Alex, o Cruzeiro reencontra o caminho da vitória no Campeonato Brasileiro ao derrotar a Ponte Preta por 3 a 1 ontem, no Moisés Lucarelli.
  • 27.ª rodada: Goiás 1 x 0 Cruzeiro.
  • 28.ª rodada: Cruzeiro 2 x 2 ?. O Santos era o líder, com 54 pontos (64,29%).
  • 29.ª rodada (30\8): Cruzeiro 4 x 1 Guarani (Alex, Alex, Aristizábal, Alex). Alex deu um show.

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8/10 – CRUZEIRO DISPARA NA LIDERANÇA DO CAMPEONATO

U0L – Sob gritos de “é campeão”, Cruzeiro bate Flamengo e dispara na liderança.

Nem a forte chuva que caiu em Belo Horizonte na noite desta quarta-feira foi suficente para parar o Cruzeiro, que a cada rodada se consolida na liderança do Campeonato Brasileiro. A vítima desta vez foi o Flamengo, que perdeu por 2 a 0 no estádio Mineirão.

Foi a sétima vitória consecutiva da equipe. Pela primeira vez na competição, os torcedores do Cruzeiro soltaram o grito de “é campeão”. A vitória deixou os mineiros ainda mais perto da conquista do título brasileiro inédito na história do clube.

Com 73 pontos, a equipe abriu dez pontos de diferença do segundo colocado, o Santos, que apenas empatou em casa contra o Guarani, também nesta quarta à noite. Já o Flamengo permanece com 45 pontos.

Fazendo valer a força diante de sua torcida, o Cruzeiro  pressionou o Flamengo desde o início e dominou amplamente a partida no primeiro tempo. Aproveitando o gramado molhado do Mineirão, Alex foi o principal jogador cruzeirense.

CRUZEIRO: Gomes; Maurinho, Cris, Edu Dracena e Leandro; Recife, Maldonado, Wendell (Zinho) e Alex; Aristizábal (Márcio Nobre) e Mota (Alex Alves) – Wanderley Luxemburgo.

Local: estádio do Mineirão, em Belo Horizonte (MG)

Gols: Edu Dracena, aos 4min, Alex Alves, aos 35min do segundo tempo.

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5/11 – Cruzeiro vence mais uma na caminhada do título

Rodrigo Fonseca (Redação Uai) – Agora faltam três vitórias para o Cruzeiro se sagrar matematicamente campeão brasileiro. Nesta quarta-feira à noite no Mineirão, o Cruzeiro derrotou o Grêmio por 3 a 0 e deu mais um passo importante rumo ao título. O time celeste chegou aos 85 pontos e manteve a vantagem de seis pontos sobre o segundo colocado, o Santos. Agora, no domingo, a Raposa enfrenta o Vasco em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. A derrota aumentou o desespero do Grêmio, que permanece na lanterna do Campeonato Brasileiro com apenas 37 pontos ganhos em 41 jogos disputados.

Por opção de Luxemburgo, o atacante Aristizábal, recuperado de uma virose, ficou na reserva. Foi um começo de jogo difícil para o Cruzeiro, que não conseguiu se encontrar. O Grêmio armou-se todo na defesa à espera do erro cruzeirense para contra-atacar.

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6/11 – Certeza do dever cumprido

Antônio Melane (EM) – Ambiente de felicidade e de dever cumprido. Foi a imagem do vestiário do Cruzeiro após a goleada por 3 a 0 sobre o Grêmio, ontem à noite, no Mineirão. A palavra “campeão” continua proibida entre os jogadores. Só depois de garantirem mais três vitórias na competição eles dizem que poderão finalmente comemorar a conquista do inédito título do Brasileiro. “Apenas demos mais um passo”, pondera o capitão Cris.

Todos foram unânimes em apontar o lateral-esquerdo Leandro como o melhor em campo. Os três gols saíram de jogadas que começaram de seus pés. O jogador atribui seu grande momento no Cruzeiro ao ambiente, ao compromisso dos companheiros em fazer do time o novo campeão brasileiro e, ainda, a excelente condição física. “Estamos fazendo realmente um trabalho sério, que é um exemplo e que jamais deixou dúvida quanto à nossa capacidade.”

Como não houve problemas de contusões e os pendurados com dois cartões amarelos não receberam o terceiro, Luxemburgo estará à vontade para escalar o time que enfrentará o Vasco, domingo, no Morenão, em Campo Grande.

O técnico explicou que só usou Aristizábal no segundo tempo ontem, porque o atacante ficou mais de dez dias parado: “Ele ainda sentiu a falta de ritmo”. O treinador não economizou elogios: “Fizemos um primeiro tempo maravilhoso, mostrando um futebol da melhor qualidade”.

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6/11 – Recorde e título mais próximo

Chance de título de cada time: Cruzeiro 96.8 %; Santos 3.2 % e São Paulo menos de 0.01 %.

Antônio Melane (EM) – O grito de campeão, pela torcida do Cruzeiro, ecoou forte, ontem à noite, no Mineirão, a cada gol e grande jogada da equipe, que goleou o Grêmio por 3 a 0, placar alcançado no primeiro tempo, chegou aos 85 pontos e está a apenas três vitórias do tão sonhado título de campeão brasileiro. Domingo enfrenta o Vasco, no Estádio Pedro Pedrossian, em Campo Gande (MT). Os demais jogos serão contra o Paysandu, Paraná, Fluminense e Bahia. Com o resultado o time celeste chegou à 26ª vitória no campeonato, quebrando o recorde do Palmeiras, que em 1973, obteve 25 em 40 rodadas.

O Cruzeiro jogou como campeão. Impôs sua técnica, aplicação e acima de tudo seriedade. No primeiro tempo foi irresistível. Empolgou tanto, que sua torcida fez do jogo uma festa, comemorando cada lance como se fosse o do título.

No segundo tempo, o Cruzeiro jogou para administrar a vantagem, com Aristizábal no lugar de Márcio Nobre. O Grêmio, com nada a perder e a cada rodada mais próximo da Segunda Divisão, foi ao ataque, mas sem muito sentido de organização.

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25/11 – Cruzeiro aposta no retrospecto em casa

Diogo Finelli (Redação Uai) – Precisando de uma vitória em três jogos para garantir matematicamente o título do Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro espera manter o excelente aproveitamento das partidas anteriores para confirmar a conquista inédita. Dos três jogos que restam, os dois próximos (contra Paysandu e Fluminense) serão no Mineirão, onde a Raposa atropelou seus adversários, perdeu apenas uma vez, o que resultou em um aproveitamento de 81,6%.

O Cruzeiro de Vanderlei Luxemburgo realizou 20 jogos no Mineirão, obtendo 15 vitórias, quatro empates, e apenas uma derrota. Essa contagem não inclui os dois clássicos contra o Atlético, uma vez que considera-se “campo neutro”. Mesmo assim, contra o principal rival, a Raposa empatou um jogo (0 a 0 no turno, quando foi mandante) e venceu o outro (1 a 0 no returno, quando o mando foi do Galo).

Alex está confiante de que o Cruzeiro vai vencer o Paysandu no domingo, e confirmar o título de campeão brasileiro, o primeiro do clube e o primeiro de sua carreira. O camisa 10 aposta na força da Raposa dentro de seus domínios: “No Mineirão só perdemos uma partida. Acho que a possibilidade de vencermos é enorme. Temos um time coeso, experiente e preparado para ser campeão”.

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26/11 – Venda de ingressos para caravanas

Redação Uai – A diretoria do Cruzeiro explicou o procedimento para as caravanas do interior adquirirem ingressos para a partida contra o Paysandu, domingo, no Mineirão. Segundo o gerente administrativo Fernando Souza, a pessoa responsável pela caravana terá que comprar as entradas diretamente nos postos de vendas, não precisando comparecer à sede administrativa da Raposa.

“O torcedor vai ter que ir direto na bilheteria, porque estamos em um prédio totalmente afastado das bilheterias, e não temos condições de administrar isso de onde nós estamos”, explicou Fernando Souza.

O responsável pela caravana deve comparecer a um dos postos de vendas com o ofício da empresa de turismo (a empresa tem que ser registrada na Embratur), contento o nome do responsável pela caravana e o número da carteira de identidade.

A venda antecipada de ingressos terá início nesta quinta-feira. Os horários serão divulgados no final da tarde desta quarta.

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28/11 – Estrela amarela é questão de honra

Rodrigo Gini (EM) – “O Cruzeiro tem cinco estrelas, cinco estrelas ele tem. Só falta uma, a amarela, quem sabe ano que vem.” Depois de tanto ouvir o coro, tudo indica que as provocações chegarão ao fim no domingo e o uniforme azul finalmente ganhará um detalhe esperado há mais de três décadas pela torcida. O que muita gente não sabe, no entanto, é que o uso do adereço nas camisas dos times profissionais não é obrigatório e, nem sempre, representa o título máximo do futebol no País. Alguns usam o artifício para simbolizar outras conquistas e outros, como o próprio Cruzeiro, preferiam não colocar em seus escudos nenhuma alusão a seus feitos. Apenas este ano foram adotadas duas taças estilizadas, para simbolizar a vitória nas Copas Libertadores de 1976 e 1997.

Um dos casos mais peculiares é o do uniforme do São Paulo, que ostenta, além das estrelas vermelhas que representam os títulos mundiais interclubes de 1992 e 1993, apenas duas estrelas amarelas, apesar dos três Brasileiros conquistados pelo Tricolor. Elas são, na verdade, uma homenagem às medalhas de ouro olímpicas conquistadas pelo saltador Adhemar Ferreira da Silva nos Jogos de Helsinque e Melbourne e ao título mundial de boxe de Éder Jofre, ambos defendendo o clube. O Grêmio, por exemplo, somou a seu escudo uma estrela dourada, uma prateada e outra de bronze – lembrando, respectivamente, o Mundial Interclubes de 1983, a Libertadores do mesmo ano e o Brasileiro de 1981.

Em se tratando de estrelas, o recordista é o Vasco, com nada menos que oito: a lista inclui o Campeonato de Terra e Mar de 1945 (disputa entre brasileiros e portugueses), o Sul-Americano de 1948, a Copa Libertadores de 1998, a Mercosul de 2000 e os quatro brasileiros (1974, 1989, 1997 e 2000). Na Itália, por exemplo, as regras são mais rígidas. Podem decorar seus escudos com uma estrela amarela apenas as equipes que já tenham conquistado, no mínimo, dez títulos nacionais: Milan, Internazionale e a Juventus, que tem duas, graças aos 27 scudettos.

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29/11 – À espera da festa

Luiz Trópia Barreto (Diário da Tarde) – Nunca o torcedor cruzeirense esperou tanto por um jogo como espera a partida deste domingo, às 16h, no Mineirão, entre Cruzeiro e Paysandu. A espera também causa ansiedade nos jogadores e comissão técnica, que já não conseguem mais disfarçar. Todos querem logo o início do jogo, para buscar a definição já na primeira oportunidade, em três, que o time tem para garantir de vez o título inédito de campeão brasileiro. Mas um alerta vem sendo lançado pelo técnico Vanderlei Luxemburgo: o de que nada foi ganho e o adversário será uma equipe difícil de ser batida. O Paysandu, que luta para fugir da zona do rebaixamento para a Série B, já está na cidade e espera botar água no chope celeste, estragando a festa cruzeirense.

O time do Cruzeiro já se concentrou. A formação da equipe que entrará em campo foi divulgada pelo técnico Vanderlei Luxemburgo e, dos titulares, só mesmo Alex não vai jogar. Suspenso pelo terceiro cartão amarelo, o meia ficará na torcida, engrossando o coro para levar a Raposa ao resultado positivo. Cris, que era dúvida, está garantido no jogo, talvez com a braçadeira de capitão.

Ansiedade – Nem treinador nem jogadores conseguem mais esconder que a ansiedade é uma realidade entre eles. A explicação, porém, é de que ela está dominada no sentido de que o melhor seria uma vitória já neste domingo.

O motivo de ter ido à Toca não poderia ser outro. “Sou cruzeirense, porque o primeiro presente que recebi quando cheguei ao Brasil, ainda no aeroporto, foi uma camisa do Cruzeiro. Não tenho nenhuma dúvida de que o time vai conquistar o título no domingo”, disse.

Cruzeiro: Gomes; Maurinho, Cris, Edu Dracena e Leandro; Augusto Recife, Maldonado, Wendell e Zinho; Aristizábal e Márcio Nobre. Técnico: Vanderlei Luxemburgo

Paysandu: Carlos Germano; Lecheva, Lima, Jorginho e Souza; Sandro, Vanderson, Magnum e Jobson; Vélber e Aldrovani. Técnico: Ivo Wortmann

Hora e data: às 16 horas de domingo (30/11)

Local: Estádio Mineirão, em Belo Horizonte (MG)

Árbitro: Heber Roberto Lopes (Fifa/PR)

Assistentes: Roberto Braatz (PR) e Altemar Roberto Domingues (PR)

Ingressos: Esgotados

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29/11 – Frustração e tumulto nos postos

Ivan Drummond (EM) – Eram exatamente 12h15, quando os 73.355 ingressos para Cruzeiro x Paysandy se esgotaram. A alegria dos torcedores, que cantavam o hino do Cruzeiro e outras músicas, se transformou em frustração. Muitos se revoltaram por não poder ver o jogo que pode decidir o Campeonato Brasileiro. A partir daí, cenas de violência e uma verdadeira caçada aos cambistas.

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29/11 – Ansiedade

Antônio Melane (EM) – Agora, só faltam 24 horas. Os jogadores cruzeirenses dizem que a ansiedade é normal e o técnico Vanderlei Luxemburgo destaca que não altera nada em relação ao seu trabalho. Apenas ajuda a conscientizar o grupo de que uma vitória sobre o Paysandu, amanhã, às 16h, no Mineirão, vale a conquista do inédito título brasileiro, a duas rodadas do final. Nos dois domingos seguintes, o time enfrentará os tricolores Fluminense, no Mineirão, e Bahia, na Fonte Nova.

O volante chileno Maldonado parece o mais afinado com o pensamento do comandante: “Será um jogo absolutamente normal, como qualquer um. A conseqüência será após o resultado. Se vencermos, seremos campeões e teremos feito o trabalho para que possamos alcançar o objetivo”. O outro estrangeiro do grupo, o colombiano Aristizábal, arrisca um pouco: “Quero decidir logo este título. Trabalhei para que não passe do jogo contra o Paysandu”.

O armador Wendell não vê motivos para ansiedade além do normal: “Sou o trabalhador. O torcedor é quem tem de estar empolgado, torcendo para que o jogo chegue o mais rápido possível”. O experiente Zinho destaca que quem fez trabalho tão bom e mostrou sua superioridade na competição não pode perder o controle na hora decisiva: “É um jogo em que o Cruzeiro vai se impor, como aconteceu nas outras partidas. A semana foi muito boa”.

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29/11 – Noite de esperança

Ivan Drummond (EM) – Quem passou pela Praça Sete ou pela rua Guajajaras, em frente à sede do Cruzeiro, ou pelo Mineirão, durante a madrugada de ontem, presenciou cenas pouco comuns. O medo de não conseguir um ingresso para o jogo fez com que muita gente decidisse passar a noite esperando pelo reinício da venda. As filas, que começaram na noite de quarta-feira, continuaram noite adentro.

E para passar o tempo, os torcedores acabaram se divertindo, cantando, de tempos em tempos, o hino do clube. Na sede do Barro Preto, um grupo decidiu fazer um churrasco. Alguns torcedores fizeram uma “vaquinha” para juntar o dinheiro e comprar a carne. Não faltaram cerveja e o joguinho de truco, bem ao estilo mineiro. A música vinha dos alto-falantes dos carros.

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29/11 – Organização é marca do sucesso azul

Alexandre Simões (EM) – A organização é um dos segredos do Cruzeiro, que está prestes a fazer história no futebol brasileiro como o primeiro time a conquistar, no mesmo ano, o campeonato estadual, a Copa do Brasil e o Brasileiro. E o planejamento é tão importante para o clube que, nesta semana decisiva, quando uma vitória sobre o Paysandu, amanhã, no Mineirão, significa a confirmação da “tríplice coroa”, a ansiedade pelo confronto com o Papão da Curuzu foi dividida com a finalização do calendário do primeiro semestre do ano que vem, preparada pela comissão técnica e diretoria de futebol. O segundo semestre de 2004 será fechado nos próximos dias.

“Realmente trabalhamos com muita antecedência e o primeiro semestre do ano que vem já está todo planejado. Falta apenas o sorteio da Copa Libertadores e a liberação da tabela do Brasileiro para que possamos conhecer os adversários”, garante o diretor de futebol Eduardo Maluf.

Todo o planejamento é feito na sala de Maluf. Um grande quadro-calendário mostra tudo que será feito no ano, de jogos a folgas que os jogadores terão. Neste Brasileiro, por exemplo, esta organização foi um diferencial para o Cruzeiro, time que melhor usou as duas paradas na competição para a disputa de jogos da Seleção pelas Eliminatórias.

Uma das palavras mais usadas pelo técnico Vanderlei Luxemburgo, que participa de todo o planejamento com os setores envolvidos, é organização, base de qualquer trabalho: “A estrutura ajuda muito, mas se você não tiver organização para utilizá-la, ela se torna inútil”.

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30/11 – É a hora do grito da vitória

Antônio Melane – O goleiro Gomes e o armador Wendell, mineiros e cruzeirenses desde crianças, estão no melhor momento de suas carreiras e contam com o título para realizar sonhos como a Seleção Brasileira. Torcedores reservam energias para fazer hoje uma grande festa

Do time cruzeirense que entra em campo para enfrentar o Paysandu, a partir de 16h, no Mineirão, e que será campeão brasileiro, no caso de uma vitória, dois jogadores são mineiros: o goleiro Gomes, de 22 anos, natural de João Pinheiro, e o armador Wendell, de 21, da cidade de Mariana. A vantagem sobre o Santos, segundo colocado, é de seis pontos, restando apenas dois jogos após o de hoje.

A satisfação de ambos é tripla. Por representar o Estado, mostrando o valor mineiro, por serem cruzeirenses desde crianças e, ainda, porque vão alcançar o principal título da carreira e naturalmente serão valorizados.  O outro mineiro é Thiago, nascido em Belo Horizonte.

Wendell vê um conto de fadas. Há quase nove anos no Cruzeiro, acredita que está tendo este privilégio pela aplicação: “A partir do momento em que cheguei ao clube, com 11 anos, vi muitos meninos passarem por aqui. Depois, jogadores conhecidos e qualificados, e eu consegui ficar. Minha alegria não tem limites. Não existe melhor momento para fazer uma agradecimento a Deus, por tudo”.

O goleiro Gomes também está no melhor momento de sua carreira, mas um princípio que o fortalece a cada jogo, de acreditar que pode progredir todos os dias, o impede de dizer que ganhar este título será o seu máximo: “Sempre sinto que estou devendo algo. Se conquistar este título contra o Paysandu estarão faltando outros. Vou seguir com este pensamento, motivado”.

Evolução – Com os títulos, o lugar na Seleção Brasileira, críticas e elogios, Gomes diz que usa as falhas para evoluir: “Estou trabalhando em cima delas. Marcam qualquer pessoa”. Está no Cruzeiro há quatro anos. Foi revelado no Democrata, de Sete Lagoas e fala com orgulho dos progressos: “Vocês não podem imaginar como evoluí desde a estréia, contra o São Paulo, no Campeonato Brasileiro do ano passado”. No Brasileiro, disputou 37 jogos e levou 37 gols.

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30/11 – Ídolos do passado apostam no título

Ivan Drummond (EM) – Jogadores do supertime de 66 visitam o Mineirão e relembram os bons tempos, confiando no time atual..

Foi com eles que tudo começou, em 1966. Com um toque de bola refinado, jogando sempre em direção ao gol, encantaram o País e colocaram o Cruzeiro no rol dos campeões da Taça Brasil. Hoje, Dirceu Lopes, Evaldo, Zé Carlos, Neco e Hilton Oliveira se encantam com o time comandado por Vanderlei Luxemburgo e esperam a conquista de mais um título nacional.

Os cinco estiveram visitando o Mineirão. Na chegada ao estádio, o coração de Dirceu Lopes dispara. “Toda vez que venho aqui fico emocionado. Lembro do nosso time. Olho em volta e fico imaginando todo o estádio tomado por bandeiras e camisas azuis. É demais.”

O tímido Neco chega com uma camisa do amigo Raul, amarela, só que do Flamengo. “Eu pensei que iria encontrar o Raul aqui. Trouxe a camisa para que ele a autografasse. É um pedido da minha filha.

Evaldo, risonho, está para lá de radiante. “É bom demais encontrar o pessoal. A gente quase não se vê.

Olha só esse baixinho”, brinca com Dirceu Lopes. Dirceu não resiste e diz que é mais alto que Evaldo. “Olha, você está encolhendo. Está menor que no tempo em que a gente jogava.”

Hilton Oliveira ri. “Isso aqui é diversão pura. Tá faltando o Pedro Paulo. Não me esqueço dele, lá no Pacaembu, no intervalo do jogo contra o Santos, na decisão da Taça Brasil.

Eles caminham na direção do campo. Sobem as escadas do túnel. Zé Carlos não se contém: “É demais. A gente volta no tempo. Dá vontade de jogar novamente, ainda mais com esse pessoal”.

Na beira do campo, os olhos dos cinco brilham. Zé Carlos fala com Dirceu Lopes: “Olha só isso aqui. Que gramado. Dá pra tocar fácil. Num campo desse, não há quem não tenha vontade de jogar”. O “baixinho”, como os jogadores chamam Dirceu Lopes, concorda: “É verdade. Que tapete. Está melhor que no nosso tempo. Mas eu estou achando que o campo está menor”.

O ex-ponta esquerda Hilton Oliveira entra na conversa: “O gramado está mais alto, mas essa grama é melhor que aquela. A gente aqui ia fazer muito mais”. Aproximam-se do gol. Neco lembra que raríssimas vezes esteve ali, tão perto do gol: “Um cara fez um levantamento da minha vida no futebol. Ele descobriu que eu só marquei quatro gols. Naquela época, o lateral não subia. Eu só defendia”.

“O William e o Procópio não gostavam que a gente voltasse para ajudar a defesa. Ficavam mandando atacar”, lembra Hilton Oliveira, que recebe o apoio de Dirceu: “A gente tinha um ótimo sistema de jogo, que priorizava o ataque. Nos 6 a 2 contra o Santos, eles se assustaram com a gente. Confesso que jamais pensei que iríamos golear. Foi surpresa até para nós”.

Mas o que importa é o Cruzeiro atual. Todos apostam na conquista do título: “O time está muito bem organizado. Tem padrão de jogo”, diz Zé Carlos, que elogia o técnico Vanderlei Luxemburgo.

Para eles, a maneira de jogar do Cruzeiro é um resgate do verdadeiro futebol brasileiro: “Nós ficamos muito tempo à mercê dos retranqueiros. Mas essa é uma situação criada pela cobrança que existe nos clubes, que querem porque querem a conquista de títulos”, reclama Evaldo. Neco compara o Cruzeiro de hoje com o de 66.

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30/11 – Time evita o clima de “já ganhou”

Antônio Melane (EM) – O Cruzeiro não mudou o ritual do time na véspera do grande jogo. Os atletas fizeram apenas uma recreação ontem cedo, na Toca da Raposa II, com a presença de alguns torcedores. Primeiro houve uma atividade física e, em seguida, a tradicional pelada. O time de Cris, Edu Dracena, Zinho e outros goleou, com muita descontração, o que tinha Maldonado, Recife, Alex Dias, Gomes, Maicon, Alex, o preparador físico Mello, Maurinho, Leandro e outros por 5 a 1.

Desta vez, os vencedores comemoraram pouco. Não houve troféu para a equipe vencedora ou qualquer outra cerimônia. Para não se correr o risco de ouvir que o Cruzeiro já estava comemorando antes de jogar, Luxemburgo não permitiu que fosse realizada a tradicional pelada da comissão técnica, contra uma equipe visitante, uma praxe aos sábados no CT, como forma de confraternização e que termina com um churrasco. Não havia qualquer representante da imprensa de Belém do Pará. Mas o Cruzeiro foi notícia no exterior, com a presença de jornalistas do Chile, Canadá, Portugal e um correspondente do New York Times buscando informações sobre os futuros campeões.

Mesmo com a festa preparada, o assunto foi guardado a sete chaves. Os jogadores falaram de tudo. Pediram o apoio do torcedor do começo ao fim, mas em momento algum deixaram escapar que há um esquema armado no caso de o time ser campeão hoje. O supervisor Benecy Queiroz garante que a estrutura do clube permite que em menos de 30 minutos tudo esteja preparado para dar à cidade a festa que o torcedor celeste espera há 32 anos.

Aristizábal quer fazer hoje seu gol e igualar-se a Alex Alves, recordista celeste no Campeonato Brasileiro, com os 22 gols marcados em 1999. Mas também é precavido: “Sou um atacante que não pensa em ser artilheiro. Quero é ser campeão”. O armador Zinho, que poderá completar seu quinto título do Brasileiro, igualando-se a Andrade, diz que sua sabedoria foi saber escolher os times certos, na hora certa: “Sei que este será o título mais difícil pelos 46 jogos, mas não aponto o mais importante. Não quero citar um para não cometer injustiças. Não é fácil ser campeão aos 36 anos”.

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30/11 – Paysandu relembra a Bombonera

Lilian Monteiro (EM) – Ivo Wortmann é o homem que pode adiar o sonho do título do Cruzeiro. Se não é uma barreira intransponível, é uma pedra no caminho. No comando do Paysandu, este gaúcho de Quaraí, de 54 anos, já esteve do lado cruzeirense, em 2001, quando dirigiu o time no Brasileiro. Momento que define bem: “Estava no clube certo, na hora errada”. O time celeste acabou em 21º e ele foi substituído por Marco Aurélio. Mas são boas as recordações: “Sinto-me privilegiado por ter trabalhado no Cruzeiro. É um clube fantástico, com uma estrutura invejável”.

A possibilidade de o Paysandu ser o coadjuvante na festa do Cruzeiro não o incomoda, pelo contrário: “Sentimo-nos honrados por estar presentes na partida que pode decidir o Brasileiro. Não como vilões, mas com trabalho sério e na luta por pontos essenciais para nós”. Ele destaca o futebol do adversário: “O Cruzeiro e o Santos são as grandes equipes do Brasil e a vantagem cruzeirense é ter melhor banco”.

O ex-técnico cruzeirense ressalta que o Paysandu não teme o Cruzeiro e, em suas previsões, faz um alerta: “Encaramos o jogo como o da Bombonera (este ano, o Papão venceu por 2 a 1 o Boca Juniors, pelas quartas-de-final da Libertadores, mas foi eliminado na partida de volta, no Mangueirão). Ninguém acreditava que venceríamos. A situação do Cruzeiro não é diferente. Vive o já ganhou, o é campeão”.

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30/11 – Ansiedade na véspera

Eduardo Hybner (EM) – A torcida cruzeirense preferiu um sábado tranqüilo, sem festa nas ruas ou nos bares da cidade. A explicação dos torcedores é que foi preciso poupar energia para hoje, no Mineirão, comemorar em grande estilo o título inédito de campeão brasileiro.

O vendedor Wanderson Oliveira Paiva, de 25 anos, aproveitou o dia para passear pela região da Pampulha e escolheu o Mineirão para fazer uma parada estratégica e entrar no clima do jogo. Com a faixa de campeão no peito, segundo ele, “só para irritar os atleticanos”, o torcedor estava confiante em uma grande exibição do time azul neste domingo. “Não tem mais jeito. O Cruzeiro vai vencer o jogo por 3 a 0 e ganhar o título. O azul vai tomar conta das ruas de BH”, afirmou.

O corretor Willian Navarro, de 27, enfeitou sua picape com uma bandeira do time e saiu de casa para antecipar a festa. “Rodei a Savassi e nada encontrei. Acho que a torcida ficou mais quieta porque o título já está garantido, é só uma questão de tempo”, disse. O torcedor Diogo Orlando Carvalho, de 22, passou o sábado contando as horas para o jogo de hoje. Para controlar a ansiedade, foi ao Mineirão e aproveitou para comprar uma estrela amarela e colocar no carro.

Na Floresta, região Leste da cidade, a cruzeirense Marise Mendes Telles, de 47, reuniu amigos americanos e atleticanos na mesa de um bar na esquina das ruas Itajubá e Salinas. Confiante, disse que o placar de hoje será de 3 a 1, gols de Mota, Edu Dracena e Márcio Nobre. “O título está perto e já estou comemorando”, completou.

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30/11 – Alavanca para novas conquistas

Alexandre Simões (EM) – Além de poder ganhar hoje o primeiro título de campeão brasileiro e entrar para a história do Cruzeiro, jogadores e técnico acreditam que ele pode ser um fator positivo na busca de vários objetivos na carreira de cada um.

O primeiro título do Campeonato Brasileiro, que pode ser conquistado hoje pelo Cruzeiro, no Mineirão, consagra o melhor ano da história do clube, que já venceu também o Campeonato Mineiro e a Copa do Brasil e está prestes a ser o primeiro tríplice coroado do País. Mas esta conquista atenderá também a vários objetivos individuais, que envolvem grande parte dos comandados de Vanderlei Luxemburgo e até ele mesmo.

Pela unanimidade – O armador Alex, de 26 anos – suspenso pelo terceiro cartão amarelo, não joga hoje –, foi o comandante do Cruzeiro em toda a temporada e é o melhor jogador do Brasil em 2003. O título brasileiro será um importante aliado do jogador, que não esconde ter como objetivo jogar a Copa do Mundo’2006, na Alemanha: “O que me faltava era a oportunidade de fazer uma pré-temporada e ter seqüência de jogos. Este ano isto foi possível e estou podendo mostrar meu futebol”.

Pelo penta – O substituto de Alex no jogo de hoje será o experiente Zinho, de 36 anos, que pode deixar o Mineirão igualando os cinco títulos brasileiros do volante Andrade, que defendeu Flamengo e Vasco, nas décadas de 80 e 90. ele disputou 336 partidas, superando o ex-lateral Wladimir, que era o recordista e disputou 330.

Pelo tetraPara o técnico Vanderlei Luxemburgo, o título brasileiro pelo Cruzeiro o coloca como o maior vencedor da competição, com quatro conquistas (venceu antes com o Palmeiras, em 1993 e 1994; e com o Corinthians, em 1998), deixando para trás Rubens Minelli (Internacional, em 1975 e 1976; e São Paulo, em 1977) e Ênio Andrade (Internacional, em 1997; Grêmio, em 1981; e Coritiba, em 1985), que têm três, cada.

Pela volta por cimaCris voltou à Toca da Raposa com o Brasileiro já em andamento. Será o capitão hoje. O goleiro Gomes, também conquistou seu espaço e afastou da Toca o fantasma de Dida, que atrapalhou tanto os jogadores da posição. O volante Felipe Melo, que deixou o Flamengo no início do ano com fama de jogador-problema, também vê no título a chance de dar uma resposta a quem não acreditou nele.

Pela SeleçãoEste ano, convocação da Seleção Brasileira sempre teve a presença de jogadores do Cruzeiro, seja na principal ou na Sub-23. Alguns têm presença garantida, mas outros ainda brigam por vagas. O volante Augusto Recife e o armador Wendell tentam garantir presença no Pré-Olímpico do Chile, que será em janeiro. O lateral-esquerdo Leandro quer continuar a ser convocado para a principal, objetivo também do zagueiro Edu Dracena, titular na Sub-23: “Sem dúvida, sonho com a Seleção principal, que já defendi na Copa das Confederações. O título brasileiro e uma boa presença no Pré-Olímpico me ajudarão a alcançar este objetivo”.

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30/11 – Gols que garantiram a glória

Rodrigo Gini (EM) – Quem entrará para a história como o autor do gol que dará ao Cruzeiro o título brasileiro inédito? Exceção feita ao goleiro Gomes, que dificilmente terá esta chance, qualquer um dos comandados de Vanderlei Luxemburgo pode transformar-se em sinônimo da conquista tão aguardada pela torcida. Não faltam, na trajetória do clube, que nasceu Palestra Itália, jogadores que ganharam o carinho especial da massa por terem decidido partidas memoráveis, garantindo conquistas nacionais e internacionais. Mesmo longe da Toca da Raposa, eles acompanham com atenção o momento do time mineiro e falam sobre a emoção especial. Em comum, a certeza de que esta taça não escapará das mãos da equipe do Barro Preto.

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6/12 – Histórico de injustiças

Alexandre Simões (EM) – A palavra que melhor define o título brasileiro conquistado pelo Cruzeiro é justiça. Mas ela, nem sempre, fez parte da história da principal competição nacional de clubes. Nas 32 edições anteriores – nenhuma delas em pontos corridos, como aconteceu este ano –, por 13 vezes, 40% do total, o campeão não foi o time que teve o melhor aproveitamento, pois os torneios sempre tiveram, principalmente na fase final, o formato de copa.

Mas também não cabe muita reclamação: o regulamento era definido antes do início da competição e os clubes nunca se colocaram contra as fórmulas, por mais absurdas que fossem. Além disso, em várias edições, os clubes não enfrentavam todos os participantes (em 1979, por exemplo, foram 96), podendo air num grupo mais fácil ou difícil, dependendo da sorte.

O primeiro “injustiçado” da história foi o Grêmio, que, em 1974, teve o melhor aproveitamento, mas quem levantou o troféu foi o Vasco. Mas o maior absurdo da história do Brasileiro aconteceu três anos depois, na competição de 1977. O Atlético, em 20 jogos, tinha vencido 17 e empatado três. O São Paulo, o outro finalista, nas mesmas 20 partidas, tinha 13 vitórias, três empates e o mesmo número de derrotas.

A decisão entre os dois foi num confronto único, já no ano seguinte, em 5 de março de 1978, no Mineirão. Mas a única vantagem do Atlético, apesar da campanha superior, foi decidir em casa, pois o empate sem gols no tempo normal e a prorrogação levou a decisão para os pênaltis e o São Paulo ficou com o título, vencendo por 3 a 2. Naquele Brasileiro, o Galo teve o melhor aproveitamento da história da competição, conquistando 90,47% dos pontos que disputou, mas terminou como vice.

A disputa estadual pelo maior número de títulos brasileiros é restrita a São Paulo, com 12, e Rio de Janeiro, com 11. O Rio Grande do Sul, terceiro colocado, venceu a competição por cinco vezes. Mas a briga poderia ser entre mineiros e paulistas, já que Minas Gerais é o Estado mais sacrificado pelas fórmulas absurdas usadas no Brasileiro nos últimos 32 anos.

O Cruzeiro teve por duas, sem contar este ano, que já garantiu o título. Assim, Minas Gerais teve o melhor aproveitamento em nove edições do Brasileiro, contra os mesmos 12 de São Paulo, mas oito do Rio de Janeiro e cinco do Rio Grande do Sul.

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7/12 – Festa para os campeões

EM – Com previsão de 50 mil pessoas no Mineirão, o Cruzeiro faz a festa hoje, a partir das 16h, contra o Fluminense. Comemora o título inédito de campeão brasileiro, com a entrega de faixas aos campeões de 2003 e aos de 1966, ano que o time celeste conquistou a Taça Brasil. Será a despedida dos jogadores diante de sua torcida e a maior atração é o armador Alex, que não participou da vitória por 2 a 1 sobre o Paysandu, por estar suspenso. Como capitão da equipe, o jogador terá o privilégio de receber o troféu oficial pelo título. O ausente é o atacante colombiano Aristizábal, que fez uma bem-sucedida cirurgia no joelho ontem e só volta ao futebol no próximo ano. A dupla de ataque será Mota e Márcio Nobre. Para conquistar a tríplice coroa – campeão mineiro, da Copa do Brasil e do Brasileiro – o clube teve um gasto anual de R$ 32 milhões.

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7/12 – Cruzeiro começa briga pelos cem

Fernando Leroy – Com o título de campeão brasileiro assegurado com duas rodadas de antecipação, o Cruzeiro inicia neste domingo, na partida contra o Fluminense, às 16h, no Mineirão, uma nova batalha. Todos na Toca da Raposa II não falam em outra coisa senão na conquista dos cem pontos na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro.

Para atingir este objetivo, o Cruzeiro precisa vencer os dois jogos que restam no Brasileirão. Com 94 pontos na tabela, o time comandando pelo técnico Vanderlei Luxemburgo precisa de uma vitória neste domingo contra o Fluminense e, no domingo seguinte, contra o Bahia, jogando na Fonte Nova. “Encontramos uma nova motivação neste momento. Vamos enfrentar esses adversários com seriedade para alcançarmos o objetivo traçado”, disse o treinador.

A Diretoria do Cruzeiro preparou uma verdadeira festa para esta partida, com a participação dos campeões da Taça Brasil de 1966, que receberão da equipe atual as faixas pela conquista história sobre o Santos de Pelé, e depois irão passar as faixas de campeão brasileiro de 2003 aos jogadores do elenco atual. Além disso, haver’muitos fogos de artifício, chuva de papel picado, distribuição de balões, bandeiras e uma surpresa especial.

A entrega da taça nesta rodada vai fazer justiça a um jogador em especial. Alex, principal personagem da conquista estrelada e capitão do time, terá a oportunidade de erguer a taça perante a torcida cruzeirense. No jogo contra o Paysandu, o craque ficou de fora cumprindo suspensão automática. Livre da punição, Alex volta a comandar o meio campo celeste no lugar de Zinho.

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7/12 – Campeões de 1966 e 2003 juntos

Rodrigo Fonseca (Redação Uai) – O Cruzeiro segue comemorando a conquista antecipada do Brasileirão. Neste domingo, a festa começou antes do jogo em que a Raposa goleou o Fluminense por 5 a 2, com a entrega das faixas aos jogadores da campanha vitoriosa deste ano e aos vencedores da Taça Brasil de 1966. No final da partida, o capitão Alex ergueu o troféu de campeão brasileiro de 2003 e deu a volta olímpica.

O encontro das duas gerações de campeões celestes foi um verdadeiro desfile de craques no Mineirão, que recebeu um bom público. De um lado, Alex, Aristizábal, Zinho, Maldonado, Gomes e companhia. Do outro, os ex-jogadores Raul, Dirceu Lopes, Evaldo, Zé Carlos, Ilton Oliveira, entre outros. Os dirigentes do Cruzeiro em 1966, Felício Brandi e Cármine Furletti, também foram homenageados. Tostão foi a ausência mais sentida. Ele alegou problemas particulares para não comparecer à festa.

Com a homenagem aos craques de 66, o Cruzeiro espera reforçar sua intenção de buscar na CBF (Confederação Brasileira de Futebol) o reconhecimento da competição como o Campeonato Brasileiro da época. O presidente do clube, Alvimar de Oliveira Costa, mostrou-se confiante na resposta em que a CBF dará sobre o assunto em 2004, como prometeu o secretário-executivo da entidade, Marco Antônio Teixeira.

É um dia maravilhoso. Estamos felizes em receber a turma de 66 que fez o nome do Cruzeiro. Eles são os autênticos campeões brasileiros de 66. É um momento que nos enche de orgulho. Nada mais justo que fazer essa bela homenagem a eles Eu tenho certeza que a CBF vai reconhecer e oficializar este título já no ano que vem”, disse o presidente Alvimar de Oliveira Costa durante a entrega das faixas.

Volta olímpica – Terminada a partida, a comemoração teve seu ápice com o meia Alex recebendo oficialmente a taça de campeão brasileiro da temporada de 2003. Depois, a maior estrela da brilhante campanha celeste e seus companheiros deram a volta olímpica, enquanto a torcida fazia sua festa nas arquibancadas do Mineirão. Muitos foguetes e papel picado nas cores azul e branca e estrelas amarelas aumentaram o clima de festa.

“Já carregamos a taça o ano inteiro, agora é colocar na sala de troféus do Cruzeiro, deixar bem guardadinho e só nos resta comemorar esse título”, disse o meia e capitão Alex. “A gente fica feliz de estar aqui no time do Cruzeiro. Os nosso torcedores mereciam comemorar esse título. A taça fica agora em Belo Horizonte. Vamos comemorar”, disse o zagueiro Edu Dracena. “É muito difícil conquistar o Brasileiro. Esse vai para o papai e a mamãe”, declarou o lateral-esquerdo Leandro.

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7/12 – Time chegou à 30ª vitória e quer 100 pontos

Leandro Mattos (Redação Uai) – A vontade do Fluminense em carimbar a faixa do Cruzeiro não foi suficiente. Faltou competência para o Tricolor carioca. Em outra tarde inspirada de Alex, o Cruzeiro chegou à 30ª vitória na competição, com uma goleada por 5 a 2 e segue firme em busca dos 100 pontos na competição.

A tarde – que teve início com a festa das faixas do Campeão Brasileiro e terminou com a volta olímpica com a taça oficial da CBF – começou com o gol carioca de Rodolfo. Mas o susto não foi suficiente para abater o time celeste, que voltou mais consciente para o segundo tempo e buscou a vitória.

A goleada marcou a despedida do Cruzeiro de sua torcida. A equipe encerra a temporada vitoriosa de 2003, enfrentando o Bahia, na última rodada do Brasileiro, em Salvador, no próximo domingo.

CRUZEIRO 5 x 2 FLUMINENSE

Gols: Mota, 03min 2ºT; Alex, 17min 2ºT; Márcio Nobre, 25min 2ºT; Alex, 32min 2ºT; Zinho, 44min 2ºT Gols Rodolfo, 24min 1ºT e Jadílso, 34min 2ºT.

Cruzeiro: Gomes, Maurinho (Maicon), Cris, Edu Dracena, Leandro; Maldonado, Recife (Felipe Melo), Wendell (Zinho), Alex; Márcio Nobre e  Mota – Vanderlei Luxemburgo

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8/12 – Torcida reverencia heróis

Lilian Monteiro ( EM) – A festa do Cruzeiro ficou completa, ontem, no Mineirão, com o encontro de duas gerações de campeões. De um lado, o resgate dos eternos ídolos, personagens da conquista da Taça Brasil, de 1966. Do outro, a melhor equipe de 2003, responsável pelo título esperado há 32 anos, o do Campeonato Brasileiro. Estrelas de épocas distintas, estilos diferentes, mas heróis de uma torcida imensa que reverenciou orgulhosa o encontro de dois craques por excelência: Dirceu Lopes e Alex. Os donos da mágica camisa 10, que honraram com sabedoria a arte de jogar futebol.

Foi emocionante o encontro dos dois traduzido em um forte abraço, sorriso largo e ostentando a faixa de campeões. Além de Dirceu Lopes, receberam a faixa de campeão das mãos do presidente Alvimar de Oliveira Costa e do vice-presidente de futebol Zezé Perrella, Raul, Neco, Hilton Chaves, Hilton Oliveira, Evaldo, William, Zé Carlos, Natal, Piazza e Pedro Paulo,  a mulher do técnico Aírton Moreira, Ione Moreira, e os dirigentes Carmine Furletti e Felício Brandi. Em seguida, os ex-jogadores entregaram as faixas aos campeões de 2003.

Mas os símbolos da festa foram Dirceu Lopes e Alex: “Não tenho palavras para transmitir minha emoção. Este estádio lotado de azul e imaginar que também sou um dos responsáveis. Conheci o Cruzeiro pobre, a terceira força de Minas e, agora, tenho o privilégio de vê-lo como potência” enfatizou Dirceu Lopes.

Com olhos marejados, o ex-jogador disse reviver os anos de glória ao ser cercado pelo torcedor e distribuir autógrafos: “É como um filme. Volto ao passado e me lembro, menino, chegando ao Cruzeiro”. Indagado se há comparação entre as duas equipes, foi sincero: “Não. Antes prevalecia o futebol-arte, a magia o espetáculo. Hoje, é outra história. Mas o Cruzeiro foi o time que mais se preparou e fez uma campanha irrepreensível”.

Estrela – Mas, ao falar de arte, ele não se esqueceu de Alex: “É a estrela. É quem sabe tratar muito bem a bola. Não preciso falar nada, só admirar estes dois gols maravilhosos que marcou. É um grande jogador”. Alex, por sua vez, não se esqueceu de exaltar Dirceu Lopes: “Ele sabia muito bem o que fazer em campo. Inteligente, um dos maiores jogadores da história do futebol brasileiro”. Autor do gol que garantiu o título de 1966, no segundo jogo, em Santos, Natal estava lisonjeado: “É uma satisfação ter participado deste grupo e um orgulho estar aqui hoje (ontem) para comemorar mais uma conquista do Cruzeiro”. Já Zé Carlos reforçou o coro de toda a nação cruzeirense: “ Estou feliz e quero parabenizar todo o time, que enche os olhos com seu futebol, Vanderlei Luxemburgo e toda a diretoria”. O coração dos cruzeirenses explodiram de felicidade e os jogadores, contagiados, festejaram cada instante. Raul definiu o sentimento de todos: “Inesquecível”.

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9/12 – Cruzeiro só não venceu o São Caetano no Brasileirão

Juarez Rodrigues (Redação Uai) – Durante a campanha do título brasileiro, o Cruzeiro só não venceu um adversário, dos 23 que enfrentou na competição. Apenas o São Caetano conseguiu parar a Raposa, que, restando uma rodada para o final do campeonato, obteve 30 vitórias nos 45 jogos que disputou. Além disso, o time de Vanderlei Luxemburgo conseguiu vencer oito adversários duas vezes (no turno e no returno), incluindo o Santos, que ficou com o vice-campeonato brasileiro.

Logo na estréia do Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro empatou em casa com o São Caetano, já que no dia 9 de agosto, no estádio Anacleto Campanella, derrotaria a equipe celeste por 2 a 0.

Confira os adversários que o Cruzeiro venceu duas vezes:

  • Atlético-PR: 5×2 (Mineirão) e 4×1 (Arena)
  • Criciúma: 2×0 (Mineirão) e 3×1 (Heriberto Hülse)
  • Fortaleza: 2×0 (Mineirão) e 2×1 (Castelão)
  • Grêmio: 1×0 (Olímpico) e 3×0 (Mineirão)
  • Paraná: 5×1 (Mineirão) e 3×1 (Pinheirão)
  • Ponte Preta: 3×0 (Mineirão) e 3×1 (Moisés Lucarelli)
  • Santos: 2×0 (Vila Belmiro) e 3×0 (Mineirão)
  • Vasco: 4×1 (Mineirão) e 1×0 (Pedro Pedrossian)

5 Respostas

  1. CRUZEIRO é um time de raça nunca decepcionou seus torcedores ,e nos vamos lutar com o time ate a final de cabeça erguida.

    • E isso ai dejaniraxavier nos vamos luta ate o final e não deixano de ser Cruzeiro ! “Mora dentro do meu coração´´

  2. o cruzeiro e o melhor time do brasil o galo e muito ruim não sabe joga sem ofenssas

  3. cruzeiro campeao 2003, imbatível e depois de 10 anos voltou a brilhar no brasileirao pra min Charles da silva sobreira campeão 2013.esse e o cruzeiro imbatível nos pontos corridos todos recordes são do cruzeiro niguem segura zeroooooooooooo campeão 2013 tri campeão a maior torcida de minas gerais ficam de boca abertas do outro lado no horto que ganha um titulo após 100 anos e acham que são bons cruzeiro e o melhor em tudo saudação torcida azul………….

  4. o melhor time do Brasil porque e o unico que tem trilice coroa e no minimo uma vez venceu todos os times do brasileirão

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